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Dunkirk

Ano: 2017

Realizador: Christopher Nolan

Actores principais: Fionn Whitehead, Mark Rylance, Kenneth Branagh

Duração: 106 min

Crítica: Três anos após ‘Intersteller’, Christopher Nolan está de volta. Isto, por si só, é um motivo de alegria, como tem sido demonstrado pela crescente antecipação e excitação da comunidade cinéfila nas últimas semanas. Não é para menos. Não concordo com aqueles que dizem que o grande cinema anglo-saxónico já não é o que era. A geração de novos realizadores que surgiu entre o final da década de 1990 e o início da década de 2000; a geração que inclui Wes Anderson, Paul Thomas Anderson ou o próprio Nolan, poderá ser tão fascinante como a geração anterior que nos tinha dado Spielberg, Scorsese ou George Lucas. O seu estilo é diferente porque os tempos também o são. Mas nós que somos demasiado novos para saber o que é esperar pela estreia de um novo Kubrick ou um novo Hitchcock, encontramos nestes nomes motivos mais que suficientes para saciar a nossa paixão cinéfila. E no caso de Nolan, à imagem dos grandes mestres do passado, isso é inquestionável.

Mas havia mais motivos para antecipação, ou pelo menos para aguçar a curiosidade de cinéfilos como eu. ‘Dunkirk’ é, para todos os efeitos, apenas o segundo filme realisticamente dramático de Nolan, após ‘Insomnia’ (2002). Em conjunto com o seu irmão, o escritor de ficção científica Jonathan Nolan, Christopher tem sido um realizador visionário que nunca se quedou pelo convencional e que foi desafiando cada vez mais, de obra para obra, os limites do nosso imaginário e do cinema contemporâneo. Praticamente todos os seus filmes confrontam-nos com os paradoxos da existência e questionam o convencionalismo do espaço e do tempo. ‘Memento’ (2000) é um daqueles thrillers de culto que definem uma geração. A trilogia do Cavaleiro das Trevas (2005, 2008, 2012) é tão intensa que obrigou a uma mudança radical de todos os filmes de super-heróis desde então. Chamei a ‘Inception’ (2010) o filme americano com a ideia mais original dos últimos 20 anos. Já ‘Intersteller’ (2014) foi “um evento cinematográfico único, um filme magnífico, uma obra-prima” da qual disse ainda “a partir de agora, a ficção científica vai passar a ser julgada por 'Intersteller', como foi um dia revolucionada por '2001'.”

"Nolan não se limita a fazer um grande filme de guerra. Faz, com uma aparente facilidade, o melhor filme de guerra desde ‘Saving Private Ryan’ (1998); uma virtuosa peça filmada com uma segurança incrível e um fascinante domínio da técnica cinematográfica (...) ‘Dunkirk’ não é um filme sobre a Segunda Guerra Mundial. É uma intensa experiência íntima sobre os homens que a lutaram."

Portanto a minha questão principal era como é que Nolan (que também escreveu, desta vez sozinho, o argumento) se comportaria a filmar uma história “directa” de guerra, onde, pelo menos em teoria, as suas temáticas recorrentes não teriam lugar. Mas sinceramente, não sei como é que alguma vez pude duvidar deste realizador que é, indubitavelmente, o exponente máximo do cinema mainstream anglo-saxónico da actualidade. Nolan não se limita a fazer um grande filme de guerra. Faz, com uma aparente facilidade, o melhor filme de guerra desde ‘Saving Private Ryan’ (1998); uma virtuosa peça filmada com uma segurança incrível e um fascinante domínio da técnica cinematográfica, que Nolan manipula com todas as armas à sua disposição com o propósito consciente de se entranhar por baixo da pele do espectador. Coppola disse uma vez que ‘Apocalypse Now’ não era sobre o Vietman, era o Vietnam. Do mesmo modo, ‘Dunkirk’ não é um filme sobre a Segunda Guerra Mundial. É uma intensa experiência íntima sobre os homens que a lutaram.

Apesar de ter tido associações a Hollywood durante toda a carreira, Nolan é inglês; e se há história de guerra que os ingleses mais amam é a evacuação de Dunkirk. Em Maio de 1940, mais de 300 mil soldados britânicos ficaram cercados nas praias de Dunkirk, em França. Com as suas tropas encurraladas entre os Nazis e o mar, e com a enorme dificuldade de aproximação dos grandes navios de guerra ingleses, Churchill enviou mais de oitocentas pequenas embarcações civis (barcos de pesca, barcos de recreio, etc) através do canal da Mancha para recolher e transportar os soldados para casa. Este heróico momento no tempo não é propriamente uma novidade na história do cinema bélico. Em ‘Mrs. Miniver’, que ganhou o Óscar de Melhor Filme em 1942 (em plena Guerra), o Sr. Miniver (Walter Pidgeon) é um dos civis que leva o seu próprio barco até Dunkirk, muito embora apenas assistimos à perspectiva da mulher qua aguarda em casa o seu regresso. Mais recentemente, em ‘Atonement’ (2007), Joe Wright situa a cena mais famosa do filme, filmada num longo take de quase cinco minutos, nas praias de Dunkirk, através dos olhos do soldado interpretado por James McAvoy. E não se pode deixar de recordar o filme inglês ‘Dunkirk’ (1958), com John Mills, Richard Attenborough e Bernard Lee que retrata no formato ‘épico de guerra’ tão em voga na altura, esta semana fatídica na história bélica inglesa.

Se parece óbvio que Nolan terá visto estas e outras obras para se ambientar ao clima do filme de guerra e a este episódio em particular, a maneira como constrói o seu filme é particularmente brilhante e totalmente original (e o quão bom é para um crítico escrever uma frase destas nos tempos que correm!). Como qualquer grande realizador, Nolan tem o seu próprio estilo e uma voz visual fortemente vincada, e é essa mais-valia que dá classe e intensidade ao filme, e nos proporciona uma experiência única.

"Nolan tem o seu próprio estilo e uma voz visual fortemente vincada, e é essa mais-valia que dá classe e intensidade ao filme, e nos proporciona uma experiência única (...) Nolan não parece ter interesse em tornar este filme num “épico de Óscares”, quando poderia tão facilmente fazê-lo. (...) Está mais preocupado em fazer Cinema (...) colocando-nos constantemente na perspectiva, visual e sonora (...) dos ingleses que foram os heróis de Dunkirk."

A primeira coisa que chama a atenção pela positiva é a contenção que o filme possui. Escrevi sobre ‘Intersteller’ que era um filme “que se recusa constantemente a ser épico (seria tão fácil sê-lo) mas que é um monumento à arte cinematográfica”. Não creio que ‘Dunkirk’ seja um filme tão soberbo, mas tem em comum esta recusa de passar o material pela máquina de lavar de Hollywood. De novo, Nolan não parece ter interesse em tornar este filme num “épico de Óscares”, quando poderia tão facilmente fazê-lo (e recordemo-nos que Nolan ainda está a zeros nesse departamento). Até a própria duração do filme (uns meros 100 minutos) é pouco adequada a um "épico", como muitos já salientaram. Em vez disso, Nolan está mais preocupado em fazer Cinema. E nós agradecemos.

Por isso mesmo este é um filme sem contextualizações desnecessárias. Umas breves frases que surgem na tela nos primeiros planos do filme, enquanto acompanhamos um pequeno grupo de soldados pelas ruas abandonadas de Dunkirk, são suficientes para contextualizar o espectador neste momento histórico. E ao longo do filme nunca iremos ouvir discursos heróicos de comandantes ou soldados. Nunca iremos ouvir um soldado ferido a dizer umas últimas palavras ao ouvido do seu companheiro antes de falecer. Nunca iremos ver Churchill no seu gabinete a dar um murro na mesa e a dizer frases como “temos de os salvar”. Nunca iremos ver um único soldado nazi, muito embora a sua presença seja sempre intensamente sentida. Em suma, nunca iremos ver os clichés do filme de guerra. Não. Este filme é uma experiência de guerra, em que Nolan nos coloca constantemente na perspectiva, visual e sonora (o Óscar de Melhores Efeitos Sonoros tem de ser inevitável), dos ingleses que foram os heróis de Dunkirk.

Nolan divide o seu filme em três planos: terra, mar e ar. Em terra acompanhamos principalmente o soldado Tommy, interpretado pelo estreante de 19 anos Fionn Whitehead, que tem uma interpretação de poucas palavras e emocionalmente subtil, mas imensamente eficaz à medida que a pressão da guerra o vai consumindo. É através dos seus olhos que chegamos ao cenário da praia de Dunkirk, onde, sob o comando do comandante Bolton (um rigoroso e solene Kenneth Branagh, isto é, para o seu habitual), milhares de soldados aguardam, sem lugar para se esconder, a chegada dos barcos que os podem evacuar. Acompanhado por outros soldados como aqueles interpretados por Damien Bonnard, Aneurin Barnard ou o “One Direction” Harry Styles, Tommy vai enfrentando perigos constantes: os aviões nazis que sobrevoam a praia, os submarinos nazis que vão tentando afundar os navios da marinha britânica, e o próprio exército alemão que vai se aproximando cada vez mais da costa.

"A interpretação, usando um termo inglês, nonchalant, [de Tom Hardy] é a melhor de todo o filme. A sua naturalidade é incrível, e ajusta-se muito mais ao perfil do verdadeiro soldado numa missão do que se tivesse a excitação dos pilotos de ‘Top Gun’."

No ar acompanhamos um pelotão de três aviões ingleses que se dirigem para os céus de Dunkirk, particularmente o piloto Farrier, interpretado por Tom Hardy. A sua interpretação, usando um termo inglês, nonchalant, é a melhor de todo o filme. A sua naturalidade é incrível, e ajusta-se muito mais ao perfil do verdadeiro soldado numa missão do que se tivesse a excitação dos pilotos de ‘Top Gun’. E já agora, por curiosidade, faz lembrar o seu próprio Bane de ‘Dark Knight Rises’, visto que em praticamente todas as suas cenas, no cockpit monolugar do seu avião, tem a máscara à frente da cara e a voz que ouvimos está ligeiramente distorcida para simular a comunicação via rádio com os seus companheiros. Private joke?

Por fim, no mar acompanhamos a odisseia de um barco civil que, sem armas, sem mantimentos, apenas com uma pilha de salva vidas, atravessa como tantos outros o Canal para resgatar os soldados. Ao comando do barco está o introspectivo mas perseverante e arguto sr. Dawson (uma poderosa interpretação do mítico actor shakespeariano Mark Rylance que de repente se tornou um nome de Hollywood após o seu merecido Óscar por ‘Bridge of Spies’). A acompanhá-lo segue o seu filho (Tom Glynn-Carney) e um amigo deste (Barry Keoghan). Apesar de nenhum deles ser soldado, vão ter que enfrentar também os horrores da guerra e tomar importantes decisões no micro-cosmos fechado do barco, especialmente após apanharem um primeiro soldado à deriva, vítima de traumas de guerra, interpretado por Cillian Murphy.

De facto, cada uma destas histórias funciona à sua maneira como um micro-cosmos da guerra, a maior ou menor escala, e a forma como Nolan as entrecruza, apesar de alguma confusão inicial, acaba por desembocar numa virtuosa exibição dos seus gigantescos talentos como filmmaker. Digo confusão porque nas primeiras cenas em que cada uma destas histórias se inicia, Nolan decide-se por um intertítulo que à primeira vista é pouco compreensível. Na praia Nolan escreve “uma semana”, no barco escreve “um dia” e no avião escreve “uma hora”. Eu e a minha esposa ambos pensamos inicialmente que era o tempo de espera para a evacuação ou em alternativa o tempo de distância até Inglaterra naquele meio de transporte, o que não faria grande sentido. 

"O brilhantismo de Nolan e do seu editor (...) é conseguirem entrecruzar estas três histórias que se desenrolam em três tempos diferentes (...) e mesmo assim criarem um filme coerente, coeso e intensamente focado. Podemos discutir se esta técnica é apenas um truque artificial para dar excitação a um filme que, ao optar por uma abordagem emocional directa, contida e respeitosa, poderia não o ter (...) Mas se Nolan o faz bem, não o devemos louvar?"

Só quando as três histórias se começam a cruzar e notamos que algumas coisas não batem certo (passamos do dia para a noite num ápice e certas personagens aparecem noutros locais) é que finalmente percebemos aquilo que Nolan queria dizer. Os eventos na praia com o soldado Tommy ocorrem ao longo de uma semana; os eventos no barco com o Sr. Dawson ocorrem ao longo de um dia, e os eventos no ar com o piloto Farrier ocorrem apenas ao longo de uma hora. O brilhantismo de Nolan e do seu editor Lee Smith (que monta todos os seus filmes desde ‘Batman Begins’) é conseguirem entrecruzar estas três histórias que se desenrolam em três tempos diferentes e mesmo assim serem bem-sucedidos em criar um filme coerente, coeso e intensamente focado. Claro que podemos discutir se esta técnica é apenas um truque artificial para dar excitação a um filme que, ao optar por uma abordagem emocional directa, contida e respeitosa da solenidade do material, poderia não o ter. Um crítico do jornal O Público até nota com desprezo o uso de uma “lógica griffithiana”. Ok, tudo bem, mas não percebo o tom de desprezo. Griffith é o único que pode fazer montagem paralela? E se Nolan o faz bem, não o devemos louvar? Tomara a inúmeros realizadores o fazerem com tanta categoria como ele. Aliás, uma das grandes injustiças dos Óscares em 2010 foi nem terem nomeado ‘Inception’ para Melhor Montagem, dando o Óscar, ridiculamente, a ‘Social Network’. Em ‘Dunkirk’ a montagem é de novo brutal, esteja ou não esteja repleta de truques temporais que os puristas tanto desprezam só porque outros de renome já os utilizaram no passado.

Para mim, que não sou purista, poucos são os momentos que realmente não me caíram bem. ‘Dunkirk’ é um filme soberbo a recriar o clima da tensão da guerra, como escrevi, sem recorrer a nenhum dos seus clichés, e humanizando de forma incrível os soldados sem que eles tenham de ser extrovertida ou exageradamente emotivos. Há grandiosas cenas de espectáculo bélico claro; na luta pelos ares; no ataque aos barcos; exacerbadas pela banda sonora gutural de Hans Zimmer, que é tensão em estado puro sem uma pinga de melodia. Mas por um lado estas cenas são intensamente realistas sem serem apenas exibicionismo destrutivo (e já agora é de salientar a incrível beleza das composições, com efeitos especiais tão subtis que nem notamos que lá estão). E por outro estas cenas acabam por estar sempre no segundo plano em relação ao drama dos soldados. 

Este é um argumento parco em palavras e Nolan não tem realmente necessidade de se expressar através delas. Mas de novo pergunto se não é essa uma abordagem muito mais poderosa, realista e pungente? Soldados à espera horas a fio não vão estar sempre em amena cavaqueira, especialmente com o perigo tão perto. Soldados com medo estão numa constante luta interior, não exterior. E quando explodem emocionalmente, fazem-no credivelmente, porque a tensão já se tornou tão insuportável (para eles e para nós, espectadores) que não se conseguem conter. É o espírito de sobrevivência, mas não em personagens maiores que a vida como nos filmes de super-heróis. Estamos a falar de jovens, muitos deles com menos de 20 anos, inexperientes mas que já viram mais do que o comum dos mortais merece ver numa vida inteira. Um longo historial de filmes de guerra já tentou reproduzir estas sensações com longas cenas de diálogo emotivas ou momentos trágicos que se desenrolam à frente da câmara. Nolan tenta o impossível: tenta fazê-lo no íntimo de cada personagem no contexto do grandioso espectáculo bélico. Pode ser uma tarefa inglória, e aliás a primeira parte do filme mais se assemelha a um documentário desprovido de emoção. Mas o facto de o tentar e até, na segunda metade, ser bem-sucedido, merece ser destacado, uma e outra vez.

‘Dunkirk’ é um filme soberbo a recriar o clima da tensão da guerra (...) Há grandiosas cenas de espectáculo bélico (...) mas não são apenas exibicionismo destrutivo (...) e acabam por estar sempre no segundo plano em relação ao drama dos soldados (...) Pode ser uma tarefa inglória, e aliás a primeira parte do filme mais se assemelha a um documentário desprovido de emoção. Mas o facto de na segunda metade Nolan ser bem-sucedido merece ser destacado"

E é por isso mesmo que não gostei do final. De repente, e quase como se estivesse sujeito às pressões do contexto cinematográfico em que se movimenta, Nolan resvala um pouco para aqueles lugares comuns que havia destramente evitado todo o filme. A morte quase desnecessária de uma das personagens, um acto de heroísmo altruísta de outra no último segundo possível e a declamação de um discurso heróico (mesmo que indirectamente), fazem a sua devida aparição como se fossem itens numa lista. Fiquei algo desgostoso. Nolan centrou o seu filme na praia. Devia-se ter quedado por ela.

O filme tem falhas claro (a perfeição é algo difícil de atingir, não é?!) e a brilhante construção por vezes leva a alguns esquecimentos óbvios (por exemplo só mesmo na chegada à praia é que finalmente vemos outros barcos, até lá parece que o barco do Sr. Dawson é o único que se fez ao mar). Mas o espectáculo global é memorável e é isso que permanece na memória do cinéfilo. ‘Dunkirk’ tem grandes interpretações que reencarnam os heróis da Segunda Grande Guerra não em glória mas com um respeito solene e um realismo pungente. Está soberbamente realizado. Tem uma fotografia brilhante. Usa os efeitos visuais com contenção, para conceber enquadramentos incrivelmente naturalistas. A palete de efeitos sonoros é fantástica. A montagem é viciante. Mas tudo isto é pano de fundo. ´Dunkirk’ é acima de tudo uma experiência íntima, ou pelo menos tão íntima quando permite o modelo mainstream. Não há crime nisso, especialmente quando é assim tão bem feito. Repito o que escrevi em cima: ‘Dunkirk’ não é um filme sobre a guerra. É um filme sobre os homens que a viveram. 

"Não gostei do final. De repente (...) Nolan resvala um pouco para aqueles lugares comuns que havia destramente evitado todo o filme (...) O filme tem falhas claro (...) mas o espectáculo global é memorável (...) ‘Dunkirk’ tem grandes interpretações. (...) Está soberbamente realizado. Tem uma fotografia brilhante (...) A palete de efeitos sonoros é fantástica. A montagem é viciante (...)  Não é, sem dúvida, o melhor filme de Nolan. Mas é um grande filme."

Em Fevereiro a Academia já não se vai lembrar deste filme saído no Verão, em prol de outros melodramas e ‘filmes sociais’ que sairão em Dezembro. Mas como de costume sempre que lança uma nova obra, Nolan dá-nos um dos filmes mais bem feitos do ano. Podemos gostar mais ou gostar menos da sua história. Mas, tal como os filmes de Spielberg ou Wes Anderson ou Clint Eastwood ou Woody Allen (dos melhores realizadores mainstream em actividade) são sempre enormes pedaços de CINEMA, e não meras baboseiras para vencer prémios. Os puristas citariam Nolan constantemente se ele tivesse trabalhado na Hollywood dos anos 1940. Mas como vive agora já não pode, por definição, ser tão bom. Balelas. É. Tem o estilo. Tem a técnica. Tem a classe. E usa a evolução tecnológica apenas como um meio de enriquecer o seu cinema. Na minha perspectiva, isso é a marca do génio. ‘Dunkirk’ não é, sem dúvida, o seu melhor filme. Mas é um grande filme.

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Miguel. Portuense. Nasceu quando era novo e isso só lhe fez bem aos ossos. Agora, com 31 anos, ainda está para as curvas. O primeiro filme que viu no cinema foi A Pequena Sereia, quando tinha 5 anos, o que explica muita coisa. Desde aí, olhou sempre para trás e a história do cinema tornou-se a sua história. Pode ser que um dia consiga fazer disto vida, mas até lá, está aqui para se divertir, e partilhar com o insuspeito leitor aquilo que sente e é, quando vê Cinema.

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