No início de um belo (belíssimo dia) da semana passada, escrevi estes próximos parágrafos, anunciando mudanças em EU SOU CINEMA, e mudanças ainda maiores (e muito mais espectaculares), na minha vida. O tom é de antecipação, fé e esperança, e olha para o futuro, o futuro que, nessa manhã, estava quase a chegar. Pois bem, eu não cheguei a publicar estes parágrafos, nem o top que se lhes segue, nesse dia. Porque pelo final da tarde, de uma forma quase inesperada, o futuro decidiu acontecer, o futuro que neste preciso momento em que escrevo estas linhas com a mão direita, está enroscadinho, a dormir, sobre a minha mão esquerda. Talvez não faça grande sentido publicar agora este texto tal como o escrevi nessa manhã, particularmente o último parágrafo, depois do facto. Mas para mim faz. É a minha promessa que fica registada para a posteridade, a promessa de uma vida, a minha e a nossa, agora que somos três. Ele já nasceu e, como antevi, já esta a ser fantástico.
"Vou começar por um cliché bem batidinho: a vida é um milagre. Isto não é só o título de um filme de Kusturica, é uma constatação irrefutável, mesmo pelos mais cépticos. Podemos acreditar, não acreditar, ser mais religiosos, ser mais científicos, ser ateus, ter fé, ter esperança, ter medo ou não pensar absolutamente nada sobre o assunto, mas ninguém consegue responder à questão: o que é que acontece quando deixarmos esta vida. Este pequeno planeta num gigantesco universo é tudo o que conhecemos e, num eterno desconhecimento, vivemos a nossa vida o melhor que sabemos, o melhor que podemos e, nas palavras de Mel Brooks “hope for the best, expect the worse”!
Ok, chega de clichés. Bem, talvez só mais um. Dizem que a vida é um ciclo. E neste ciclo da vida (e neste momento todas as nossas cabeças estão a entoar a banda sonora de ‘The Lion King’) o maior milagre de todos é a nossa capacidade, como seres humanos, de propagarmos o nosso código genético até à eternidade. Resumindo, resumindo, ter um filho. Como diz Hugh Grant no filme ‘Nine Months’ (1995): “é preciso fazer um teste para tirar a carta de condução, mas qualquer idiota pode ter um filho”. Bem, eu não me considero propriamente um idiota, mas um filho é precisamente aquilo que vou ter.
E agora que o leitor já deu os seus pequenos gritinhos de alegria (eu já dei os meus há uns meses!), resta pensar naquilo que vai acontecer a EU SOU CINEMA. Provavelmente, nestes próximos tempos, vou escrever muito mais esporadicamente. Ou então, vou finalmente começar a escrever críticas mais curtas (e agora o leitor está a dar gritinhos de alegria muito maiores que os de há pouco!). Tenho inúmeras notas sobre inúmeros filmes (todos os que vejo aliás), que escrevinho nas minhas agendas. Talvez esteja na altura de as começar a partilhar…
Bem, independentemente do que irá acontecer daqui para a frente na minha vida pessoal, há coisas que espero que nunca irão mudar na minha vida de blogger. A página do facebook continuará a mandar os seus bitaites diários, e a partilhar clips, trailers, fotos e notícias. E na página do blog continuarão a encontrar os meus (mais longos ou mais curtos) devaneios; sempre honestos, sempre sinceros, sempre pessoais, sobre a arte que ambos (você, leitor, e eu) amamos e somos. Durante uns tempos poderei não escrever sobre as novas estreias, mas sempre que puder vou continuar a ver filmes, e o que sentir, e o que for ao ver esses filmes, partilharei, ou não fosse esse o objectivo desta aventura, ou não fossemos todos CINEMA.
Para aguçar o apetite para aquilo que EU SOU CINEMA irá produzir no futuro, fica aqui mais uma lista. Uma lista dos filmes que eu e a minha esposa estivemos a ver nos últimos nove meses (ou que queríamos rever mas já não vamos conseguir!), sobre o tema, claro está, da gravidez e dos bebés. A gravidez dura 9 meses, portanto seleccionei apenas 9 filmes (mais um bónus ‘patético’), e acrescentei uns comentários ilustrativos dessa viajem, temporal e emocional, cujo único objectivo é serem humorísticos. Há muitos outros filmes sobre este tema, sem dúvida, com os seus méritos (‘What to Expect When You're Expecting’, ‘For Keeps?’ e aí por diante) mas ficam aqui os meus (nossos) preferidos, por uma razão ou por outra. Se passar por uma maravilhosa experiência como esta, caro leitor, ou se conhece alguém que vai passar, não se esqueça de dar uma espreitadela a estas obras. Para se divertir, obviamente, mas também pode ser que se sinta inspirado.
Da minha parte, agora só falta o rebento. E que cresça uns aninhos, para começarmos a ter estas e muitas outras experiências cinematográficas a três. Espero dar-lhe a conhecer tudo o que de melhor o cinema tem para dar, de Chaplin a Jerry Lewis, de Nolan a Malick (quando for mais grandinho), de ‘The Wizard of Oz’ a ‘Jersey Boys’, das Silly Symphonies a ‘Spectre’. Mas uma coisa de cada vez e tudo a seu tempo. Agora só tem que nascer e eu estarei aqui para o acolher nos meus braços. O Cinema que dê um passo atrás, porque agora o filme da minha vida é outro. E vai ser fantástico."
1º mês
"Vou começar por um cliché bem batidinho: a vida é um milagre. Isto não é só o título de um filme de Kusturica, é uma constatação irrefutável, mesmo pelos mais cépticos. Podemos acreditar, não acreditar, ser mais religiosos, ser mais científicos, ser ateus, ter fé, ter esperança, ter medo ou não pensar absolutamente nada sobre o assunto, mas ninguém consegue responder à questão: o que é que acontece quando deixarmos esta vida. Este pequeno planeta num gigantesco universo é tudo o que conhecemos e, num eterno desconhecimento, vivemos a nossa vida o melhor que sabemos, o melhor que podemos e, nas palavras de Mel Brooks “hope for the best, expect the worse”!
Ok, chega de clichés. Bem, talvez só mais um. Dizem que a vida é um ciclo. E neste ciclo da vida (e neste momento todas as nossas cabeças estão a entoar a banda sonora de ‘The Lion King’) o maior milagre de todos é a nossa capacidade, como seres humanos, de propagarmos o nosso código genético até à eternidade. Resumindo, resumindo, ter um filho. Como diz Hugh Grant no filme ‘Nine Months’ (1995): “é preciso fazer um teste para tirar a carta de condução, mas qualquer idiota pode ter um filho”. Bem, eu não me considero propriamente um idiota, mas um filho é precisamente aquilo que vou ter.
E agora que o leitor já deu os seus pequenos gritinhos de alegria (eu já dei os meus há uns meses!), resta pensar naquilo que vai acontecer a EU SOU CINEMA. Provavelmente, nestes próximos tempos, vou escrever muito mais esporadicamente. Ou então, vou finalmente começar a escrever críticas mais curtas (e agora o leitor está a dar gritinhos de alegria muito maiores que os de há pouco!). Tenho inúmeras notas sobre inúmeros filmes (todos os que vejo aliás), que escrevinho nas minhas agendas. Talvez esteja na altura de as começar a partilhar…
Bem, independentemente do que irá acontecer daqui para a frente na minha vida pessoal, há coisas que espero que nunca irão mudar na minha vida de blogger. A página do facebook continuará a mandar os seus bitaites diários, e a partilhar clips, trailers, fotos e notícias. E na página do blog continuarão a encontrar os meus (mais longos ou mais curtos) devaneios; sempre honestos, sempre sinceros, sempre pessoais, sobre a arte que ambos (você, leitor, e eu) amamos e somos. Durante uns tempos poderei não escrever sobre as novas estreias, mas sempre que puder vou continuar a ver filmes, e o que sentir, e o que for ao ver esses filmes, partilharei, ou não fosse esse o objectivo desta aventura, ou não fossemos todos CINEMA.
Para aguçar o apetite para aquilo que EU SOU CINEMA irá produzir no futuro, fica aqui mais uma lista. Uma lista dos filmes que eu e a minha esposa estivemos a ver nos últimos nove meses (ou que queríamos rever mas já não vamos conseguir!), sobre o tema, claro está, da gravidez e dos bebés. A gravidez dura 9 meses, portanto seleccionei apenas 9 filmes (mais um bónus ‘patético’), e acrescentei uns comentários ilustrativos dessa viajem, temporal e emocional, cujo único objectivo é serem humorísticos. Há muitos outros filmes sobre este tema, sem dúvida, com os seus méritos (‘What to Expect When You're Expecting’, ‘For Keeps?’ e aí por diante) mas ficam aqui os meus (nossos) preferidos, por uma razão ou por outra. Se passar por uma maravilhosa experiência como esta, caro leitor, ou se conhece alguém que vai passar, não se esqueça de dar uma espreitadela a estas obras. Para se divertir, obviamente, mas também pode ser que se sinta inspirado.
Da minha parte, agora só falta o rebento. E que cresça uns aninhos, para começarmos a ter estas e muitas outras experiências cinematográficas a três. Espero dar-lhe a conhecer tudo o que de melhor o cinema tem para dar, de Chaplin a Jerry Lewis, de Nolan a Malick (quando for mais grandinho), de ‘The Wizard of Oz’ a ‘Jersey Boys’, das Silly Symphonies a ‘Spectre’. Mas uma coisa de cada vez e tudo a seu tempo. Agora só tem que nascer e eu estarei aqui para o acolher nos meus braços. O Cinema que dê um passo atrás, porque agora o filme da minha vida é outro. E vai ser fantástico."
1º mês
Não interessa se temos 16 ou 40 anos, ou se foi planeado ou não. Vamos ter este miúdo, e vamos tê-lo com estilo.
Ano: 2007
Realizador: Jason Reitman
Actores Principais: Ellen Page, Michael Cera, Jennifer Garner
Duração: 96 min
2º mês
Ahaha, vai ser canja. Se até o Mastroianni e o Schwarzenegger (ver 'Junior', 1994) conseguem…
Ahaha, vai ser canja. Se até o Mastroianni e o Schwarzenegger (ver 'Junior', 1994) conseguem…
Título: L'événement le plus important depuis que l'homme a marché sur la lune ('O acontecimento mais importante desde que o homem chegou à Lua')
Ano: 1973
Realizador: Jacques Demy
Actores Principais: Catherine Deneuve, Marcello Mastroianni, Micheline Presle
Duração: 92 min
3º mês
3º mês
A coisa começa a bater (e bem!) e a família fica louca, mas é a altura dos futuros pais se chegarem à frente e tomarem conta da situação.
Título: Father's Little Dividend ('O Pai é Avô')
Ano: 1951
Realizador: Vincente Minnelli
Actores Principais: Spencer Tracy, Joan Bennett, Elizabeth Taylor
Duração: 82 min
4º mês
Ok, tudo controlado. Está na altura de começar a libertar a criança que há em nós. Mas aqui que ninguém nos ouve; ufa, ainda bem que não são trigémeos!
Título: Rock-a-Bye Baby ('Jerry Ama-Seca')
Ano: 1958
Realizador: Frank Tashlin
Actores Principais: Jerry Lewis, Marilyn Maxwell, Connie Stevens
Duração: 103 min
Título: 3 Men and a Baby ('Três Homens E Um Bebé')
Ano: 1987
5º mês
"What's in a name" já dizia Shakespeare. Pois é, está na altura de começar a pensar nisso (ver genérico final deste filme).
Realizador: John Hughes
Actores Principais: Kevin Bacon, Elizabeth McGovern, Alec Baldwin
Duração: 106 min
6º mês
É tempo de aproveitar o tempo - o tempo a dois - fazendo uma escapadela romântica a um hotel de charme, dando uns passeios e claro, enroscando-se no sofá a ver comédias românticas modernas de Judd Apatow, John Hughes, Cameron Crowe ou Richard Curtis.
Realizador: Judd Apatow
Actores Principais: Seth Rogen, Katherine Heigl, Paul Rudd
Duração: 129 min
7º mês
Começa o terceiro - e último - trimestre. Humm, afinal se calhar não vai ser assim tão canja. É melhor fazer uns cursos e ler uns livros e ver uns filmes, para
saber o que um homem tem que fazer... quando o bebe tem que fazer!
Título: 3 Men and a Baby ('Três Homens E Um Bebé')
Ano: 1987
Realizador: Leonard Nimoy
Actores Principais: Tom Selleck, Steve Guttenberg, Ted Danson
9º mês
Chega o momento da verdade; a ida para o Hospital e o parto… (e acreditem, depois de verem a
ida para o Hospital e o parto desta comédia, tudo o que possa acontecer vai
parecer fácil…). Boa sorte!
Realizador: Chris Columbus
Actores Principais: Hugh Grant, Julianne Moore, Tom Arnold
Duração: 103 min
O Nascimento
E porque é um rapaz, fica aqui um filme de bónus para rematar, a obra que é
sem dúvida alguma (e digo isto com toda a seriedade) o melhor filme sobre a
relação pai-filho alguma vez feito. Fará parte, assim o espero, das nossas
vidas.
Título: A Goofy Movie ('Pateta, o Filme')
Ano: 1995
Realizador: Kevin Lima
Actores Principais (vozes): Bill Farmer, Jason Marsden, Jim Cummings
Duração: 78 min
CRÍTICA JÁ DISPONÍVEL
PS: Lamento muito, mas não me posso ir embora sem dizer isto ao rebento, só para terminar como comecei; com um cliché:
I AM YOUR FATHER!
0 comentários:
Enviar um comentário
Porque todos somos cinema, está na altura de dizer o que vos vai na gana (mas com jeitinho).